A história apresenta um mosaico de sensações e
questionamentos de um adolescente na difícil transição para a fase adulta com
uma linguagem ao mesmo tempo simples, direta, mas cheia de lirismo e de jogos
poéticos.
Nesta narrativa costurada entre o relato de um
narrador indiscreto e a voz do próprio protagonista, Pedro – que na maioria das
vezes “fala” apenas por meio de seus pensamentos e sonhos –, descortinam-se as
angústias, os desejos, as perguntas muitas vezes sem respostas, o medo e a
solidão de um garoto tímido, aparentemente fraco, mas consciente da sua timidez
e forte o bastante para superá-la. Um garoto como tantos por aí, que tem “no
olho esquerdo, uma lágrima teimosa que não escorre. No olho direito, o brilho
confiante da certeza. Um dos dois olhos está mentindo. Ou os dois mentem? Não
sei”.
Seguindo Pedro em diferentes lugares e momentos, o
narrador conduz o leitor na aventura de conhecer esse adolescente em busca de
si mesmo e do mundo que o cerca. “Pedro é a pedra. Pedro é o modelo”, diz o
padre na missa, no capítulo que abre o livro. Mas o que há por baixo da pedra?
O que encontra lá no fundo quem levanta a pedra de Pedro? Com suas reflexões,
que passeiam pela filosofia com leveza, e seu tom por vezes irônico, Gustavo
Bernardo constrói um romance que mostra o quanto é duro viver e crescer, mas
também a beleza de se descobrir jovem, vivo e cheio de esperança.
Fonte:
http://www.rocco.com.br/shopping/ExibirLivro.asp?Livro_ID=9788579800139
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